Observatório LGBT+

A competência em informação tem sido disseminada na literatura desde os anos de 1974. Nascida como information literacy, ganhou o mundo, em termos de produção científica, de ações e de práticas, principalmente voltadas ao ensino superior. A information literacy, que a partir de agora traduziremos por competência em informação, tem sido mencionada na literatura com vínculo à cidadania, mas somente recentemente foi associada às populações vulneráveis e às minorias sociais. Este projeto, constitui-se, deste modo, como o resultado de novas “trilhas” de ensino-pesquisa-extensão na área da competência em informação que se delinearam a partir da participação na European Conference on Information Literacy (ECIL) de 2014. Naquele momento, as temáticas anunciadas lançaram sementes que se proliferaram desde então. Entre as temáticas desenvolvidas na conferência daquele ano, estavam “competência em informação para os grupos desfavorecidos”, “competência em informação e as questões éticas e sociais”, “competência em informação e democracia”, “competência em informação e cidadania” e, “competência em informação no futuro” . Já se afirmava que era hora de “sair dos conceitos e partir para as práticas” .

Mas  ainda somos um Brasil carente destas perspectivas recentes: somos ainda teóricos, conceituais e muito pouco práticos no que concerne ao desenvolvimento da competência em informação fora do contexto universitário e muito menos nas populações vulneráveis e minorias sociais. Foi somente no ano de 2013, com o Manifesto de Florianópolis (2013) e no ano de 2015 com a Carta de Marília (2015) que se observa no Brasil o surgimento de documentos propostos por pesquisadores, professores e profissionais da informação, que reafirmam a preocupação destas lideranças com a omissão dos grupos vulneráveis nos estudos, e ratificam a importância da competência em informação para a redução de diferenças sociais e desigualdades regionais (CARTA DE MARÍLIA, 2014). Os esforços desta proposta são, em suma, tratar do desenvolvimento da competência em informação em comunidades vulneráveis, mesmo sabendo das diferentes concepções envoltas na temática competência em informação e da vulnerabilidade, tal qual ressaltam Marandola Junior e Hogan  (2006, p. 33).

Objetivo geral:

  • Desenvolver  a competência em informação da população LGBT+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Travestis e Transgêneros e demais identidades) da Grande Florianópolis, por meio das dimensões técnica, estética, ética e política.

Objetivos específicos:

  • Identificar as necessidades de informação da população LGBT+ com vínculo na ADEH;
  • Compilar fontes de informação, com foco nas necessidades de informação da população LGBT+ com vínculo na ADEH;
  • Realizar oficinas sobre o uso das fontes de informação selecionadas para a população LGBT+ com vínculo na ADEH, com base nas dimensões técnica, estética ética e política;
  • Analisar a competência em informação desenvolvida da população LGBT+ com vínculo na ADEH, com base no modelo de Information Search Process (ISP) de Carol Kuhlthau

Confira abaixo as categorias de fontes de informações identificadas pelo Observatório LGBT+: