Apresentação de trabalho na 11a. CONFOA 2020

20/10/2020 09:10

Na 11ª Conferência Luso-Brasileira de Ciência Aberta (CONFOA 2020), que ocorreu entre os dias 6 e 8 de outubro de 2020, foram apresentados uma série de trabalhos sobre ciência aberta – foco do evento – sob diversas perspectivas. Um dos trabalhos apresentados, sob a autoria de Daniela Spudeit e Elizete Vieira Vitorino, versou sobre o Desenvolvimento da competência em informação em pessoas em situação de rua: foco nas ações realizadas por bibliotecas públicas alinhadas à Agenda 2030. A programação completa da CONFOA 2020 está disponível em: https://confoa.rcaap.pt/2020/programa/ e a apresentação do trabalho em https://www.slideshare.net/projetorcaap/desenvolvimento-da-competncia-em-informao-em-pessoas-em-situao-de-rua-foco-nas-aes-realizadas-por-bibliotecas-pblicas-alinhadas-agenda-2030

Algumas imagens do evento e da apresentação (em construção)

Participação em banca de mestrado UDESC

06/10/2020 09:21

Neste dia 05/10/2020, a Líder do Núcleo GPCIn participou da banca de mestrado de Hilda Carolina Feijó, “COINFO E INCLUSÃO DIGITAL: UMA PARCERIA ENTRE A BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA E A COORDENAÇÃO DE INCLUSÃO DIGITAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA”. A banca examinadora foi composta por Profa. Elisa Cristina Delfini Corrêa, Dra. (orientadora – UDESC), Prof. Jorge Moisés Kroll do Prado, Dr. (membro titular interno – UDESC), Profa. Elizete Vieira Vitorino, Dra. (membro titular externo – UFSC). Parabéns a Hilda e Elisa pela pesquisa defendida no PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO DA INFORMAÇÃO, MESTRADO PROFISSIONAL EM GESTÃO DE UNIDADES DE INFORMAÇÃO.

Reunião dos pesquisadores do Núcleo GPCIn – Programa de Desenvolvimento da Competência em Informação (PDCIn) da Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina (BPSC)

25/09/2020 18:49

No último dia 25/09/2020, os pesquisadores do Núcleo GPCIn se reuniram para concretizar uma atividade pioneira no Brasil e no mundo: trata-se da elaboração e implementação do Programa de Desenvolvimento da Competência em Informação (PDCIn) da Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina (BPSC). Na ocasião foi a presentada a metodologia do Programa, bem como o histórico deste – cujas primeiras reuniões ocorreram no ano de 2019. No ano de 2020 estava prevista uma capacitação com o coletivo da BPSC (funcionários, contratados terceirizados) para a construção do documento do PDCIn – o plano de ação. Em vistas da pandemia de COVID-19, foi necessário seguir uma nova estratégia. Sim, inovamos! Criamos uma capacitação no ambiente virtual de aprendizagem Moodle que será ofertada ao coletivo da BPSC, de maneira gratuita, com carga horária de 40 horas, com direito a certificado. Na reunião discutimos a estrutura da capacitação, o cronograma de trabalho, as responsabilidades, tarefas e prazos. Participaram da reunião doutorandos do PGCIN e graduandos do Curso de Biblioteconomia, bem como ex-alunos do PGCIN, vinculados a UDESC e UNIR. A previsão para início da capacitação é 21/10/2020. Seguem alguns registros da reunião virtual!

Banca de qualificação de doutorado 2020 e memória 2019

19/09/2020 14:51

No ano de 2019, no I SEICIn e III SEPCIn, uma memória trouxe à tona a alegria daqueles dias: autografando livro para CLAUDIA MARIA ALVES VILHENA (ver e-book “Competência em informação: conceito, contexto histórico e olhares para a Ciência da Informação) em https://editora.ufsc.br/estante-aberta/). No ano de 2020, um novo encontro: Prof(a). Elizete Vieira Vitorino – UFSC [por videoconferência] participando como membro titular da comissão examinadora do exame de qualificação de doutorado de CLAUDIA MARIA ALVES VILHENA, no dia 28/08/2020: “COMPETÊNCIA EM INFORMAÇÃO E SUA CONTRIBUIÇÃO NO COMPARTILHAMENTO DOS SABERES E FAZERES MUSEAIS DOS PROFISSIONAIS DA INFORMAÇÃO EM MUSEUS: O MUSEU COMO UMA COMUNIDADE DE PRÁTICA”, na ilustre companhia da Prof(a). Célia da Consolação Dias – ECI/UFMG [por videoconferência] (Orientadora), Prof(a). Heloisa Helena Fernandes Gonçalves da Costa – Aposentada/UFBA [por videoconferência], René Lommez Gomes ECI/UFMG [por videoconferência]. Bons momentos merecem ser registrados:

Lançamento!!! Livro “As Dimensões da Competência em Informação: técnica, estética, ética e política”

04/09/2020 15:31

Título: As dimensões da competência em informação: técnica, estética, ética e política

Organizadoras: Elizete Vieira Vitorino; Djuli Machado De Lucca

Editora: EDUFRO, Ano: 2020 Páginas: 240

ISBN: 978-65-87539-06-5 (digital)

ISBN: 978-65-87539-16-4 (físico)

 

É com imensa alegria que divulgamos esta obra “As Dimensões da Competência em Informação: técnica, estética, ética e política” organizada por Elizete Vieira Vitorino e por Djuli Machado De Lucca, ex-aluna do Curso de Graduação em Biblioteconomia, ex-mestranda e ex-doutoranda do PGCIN, hoje, Professora da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), é um projeto que se iniciou no ano de 2016.

Na obra, além de outros três capítulos, de autoria de Elizete Vieira Vitorino, constam 4 capítulos dedicados às dimensões da competência em informação, técnica, estética, ética e política, escritos por ex-mestrandos do PGCIN e, a maioria deles, ex-alunos Curso de Graduação em Biblioteconomia da UFSC, e, atuais doutorandos do PGCIN. São eles: Alexandre Pedro Oliveira (dimensão técnica), Eliane Rodrigues Mota Orelo (dimensão estética), Eliane Pellegrini (dimensão ética) e Djuli Machado De Lucca (dimensão política).

Esta obra venceu um edital da UNIR em 2018 e foi totalmente custeada pela UNIR, cujo lançamento é pela Edufro (Editora da Universidade Federal de Rondônia). Lançada ontem, 03/09/2020 em e-book para acesso gratuito (http://www.edufro.unir.br/pagina/exibir/5430), a obra também será disponibilizada em formato físico (papel).

Link para o lançamento da Edufro: https://www.youtube.com/watch?v=bYfQvndFi1U

Link para o lançamento do livro em vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=smFH2WeXljw

Link para acesso ISSUU: https://issuu.com/edufro/docs/as_dimensoes_da_competencia_em_informacao

Download da obra: http://www.edufro.unir.br/uploads/08899242/Capas%206/As%20Dimensoes%20da%20Competencia%20em%20Informacao.pdf

Aproveitem a leitura! Pesquisar e escrever valem a pena! Este é um dos grandes presentes dos pesquisadores e cientistas: ver suas ideias e sua obra publicadas!

Reflexões sobre Competência em Informação em tempos de pandemia (07)

02/09/2020 11:34

Neste último texto da série, o autor  ressalta que o cenário das bibliotecas, arquivos e museus é promissor, tendo em vista que os profissionais têm incluído em suas agendas serviços de informação “especiais” para orientar seus usuários no enfrentamento da pandemia. É um dos textos produzidos por pós-graduandos (mestrandos e doutorandos) da disciplina PCI410043 – Competência em informação, semestre 2020-1. Esperamos que estas reflexões inspirem alunos, pesquisadores, profissionais tanto em desenvolver e promover a competência  em informação, quanto em produzir relatos de suas experiências, reflexivas , teóricas ou práticas. Boa Leitura!

Nesta última postagem da série, trazemos a reflexão escrita por

Leonardo Gomes Remigio, leonardogremigio@gmail.com

Bacharel em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Amazonas

Brevíssima reflexão acerca do cenário contemporâneo da pandemia do “Novo Corona Vírus” na perspectiva da competência em informação

 Descoberto em dezembro de 2019, após ocorrências, na China, de pessoas com problemas respiratórios graves, o “Novo Corona Vírus” ou “COVID-19” é um vírus altamente infeccioso que rompeu rapidamente as fronteiras da China e se espalhou ao redor do globo, culminando na pandemia que, após três meses da notificação dos primeiros casos, preocupa governos, mercados, organizações, grupos sociais e atinge a todos os cidadãos. Dado os números alarmantes de infecções, internações e óbitos, diversos países têm montado estratégias para conter a curva das infecções. No Brasil, medidas como o distanciamento social para todos os cidadãos e a quarentena de 14 dias para os casos suspeitos têm sido tomadas para frear o número de infectados que, apesar disso, tendem a subir. Diante deste cenário, muitos cidadãos brasileiros se viram em uma situação inédita e, imersos na sociedade da informação, conectam-se com as notícias do mundo por meio das tecnologias da informação e comunicação, em um cenário de ampla disponibilidade de informação e desinformação. Diversas iniciativas de reunião e disponibilização de informação têm sido lançadas, cujos conteúdos são disseminados em larga escala nas redes sociais, alcançando diversas parcelas da população brasileira. Organizações diretamente ligadas à ciência da informação dão belos exemplos: a FEBAB criou o guia “Informação em quarentena(1)”; o IBICT um mapa interativo(2) e uma rede de pesquisadores e especialistas(3) sobre Corona Vírus; e, o site Bibliotecários sem Fronteiras idealizou uma revisão sistemática(4) e recursos sobre o tema. São exemplos de organizações que, atuando como mediadores informacionais, fomentam o desenvolvimento da competência em informação. Felizmente, bibliotecas, arquivos, museus têm incluído em suas agendas serviços de informação “especiais” para orientar seus usuários no enfrentamento da pandemia, alinhados à organizações de todos os setores da sociedade que têm investido recursos em iniciativas de promoção de acesso à informação confiável e atualizada no intuito de responder às necessidades informacionais dos cidadãos e fomentar melhor compreensão desse momento de crise, de forma que, acessando-as, estes sejam capazes de tomar decisões orientadas por informação segura e fidedigna.

(1)FEBAB – Informação em quarentena: https://bit.ly/3dvEONo

(2) IBICT – Mapa interativo Covid-19: https://visao.ibict.br/#/visao?chart=1&grupCategory=16

(3) IBICT – Rede de especialistas e pesquisas: http://especialistasepesquisas.ibict.br/coronavirus/

(4) Bibliotecários sem Fronteiras – Revisão sistemática e recursos: https://bsf.org.br/2020/03/17/revisao-sistematica-e-recursos-sobre-covid-19/  

Reflexões sobre Competência em Informação em tempos de pandemia (06)

20/08/2020 20:41

Neste texto, a autora alerta que ter acesso a informações que afetam a sociedade e a partir delas agir em prol da coletividade é uma das atitudes para o desenvolvimento competência da informação, impactando positivamente no bem-estar da coletividade.É um dos textos produzidos por pós-graduandos (mestrandos e doutorandos) da disciplina PCI410043 – Competência em informação, semestre 2020-1. Nesta nova postagem, trazemos a reflexão escrita por

Jaciara Paula Casagrande, mestranda, PGCIN

jaci.casagrande20132@gmail.com

Na atual sociedade da informação em que vivemos, precisamos aprender a lidar com a sobrecarga de informações que chegam sem parar. Como relata De Masi (2019, p. 212), “nós vivemos emaranhados em uma meada de informações planetárias, obrigados diariamente a desenrolá-la, simplificá-la e decodificá-la”. Com esse bombardeio informacional, ser competente em informação é essencial para poder assimilar os conteúdos, distinguir o que é relevante e a partir disso tratar essa informação da forma correta e melhor possível para sua guarda e posterior recuperação. Em meio a toda a informação veiculada, grande parte são notícias que chegam todos os dias com grande frequência. Nos tempos conturbados nos quais estamos vivendo, com o surto do coronavírus e a quarentena como medida principal de evitar a sua propagação e maiores danos na humanidade, a maioria das informações que aparecem são preocupantes e nos deixam alarmados. Além disso, esse cenário é propício para o surgimento das fake news, que abalam a estrutura de equilíbrio que a sociedade precisa para viver em harmonia. Dessa forma, um grande impacto psicológico e emocional acaba acarretando incertezas e ansiedades. Acredito que ser competente em informação englobe também saber filtrar essas informações e ter a capacidade de tratá-las e divulgá-las de forma esclarecida e sem sensacionalismo, com o intuito de ajudar a população e diminuir o impacto negativo que possam causar. Ainda segundo De Masi (2019, p. 212), “dar e receber informações precisas contribui para a harmonia coletiva e para a felicidade individual”. Em relação ao que foi citado, mostra-se a necessidade em lidar com a desinformação que gera muitas vezes incertezas, podendo causar pânico. Costumamos temer o desconhecido e temos um reflexo de autopreservação, que em meio aos acontecimentos atuais, as situações podem levar ao individualismo, prejudicando assim a coletividade. Assim, notou-se a necessidade que a população demonstra em ter alguém no poder que opte por medidas que favoreçam o bem da coletividade. Essas figuras de poder precisam ser, acima de tudo, competentes em informação, para saber diagnosticar com base nos acontecimentos globais o que é melhor para o coletivo e aplicar para sua população. Ter acesso a informações que afetam a sociedade e a partir delas agir em prol da coletividade é uma atitude exemplar, na qual aplicam-se as habilidades, dentre elas a “capacidade […] de mobilizar recursos visando abordar e resolver situações complexas”, relatada por Moretto (2009), que são referentes a competência da informação, impactando assim positivamente no bem-estar da coletividade.

Referências: DE MASI, Domênico. Uma simples revolução. Rio de Janeiro: Sextante, 2019. 368 p.

MORETTO, Vasco Pedro. Planejamento: planejando a educação para o desenvolvimento de competências. 4. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009. 

Reflexões sobre Competência em Informação em tempos de pandemia (05)

12/08/2020 14:28

Neste quinto texto, o autor alerta para a ansiedade na busca por informações, que por consequência acabam tornando um usuário desinformado e alienado. É um dos textos produzidos por pós-graduandos (mestrandos e doutorandos) da disciplina PCI410043 – Competência em informação, semestre 2020-1. Nesta nova postagem, trazemos a reflexão escrita por

Jônatas Edison da Silva

Arquivista, Mestrando – PGCin – UFSC

Avanços tecnológicos, tecnologia da informação, informação, ansiedade por informação, excesso de informação, desinformação, competência em informação, são alguns temas que estão cada vez mais presentes nos estudos científicos da Ciência da Informação. Ao estudar é importante entender e refletir do geral para o específico, ou seja, do contexto externo para o interno e para isso primeiramente será conceituado a denominada “Sociedade da Informação” e partir disso os demais temas. Nesse sentindo, segundo Borges (2008), a Sociedade Informação é vista pelo uso intenso e direto da informação, do conhecimentos e das novas tecnologias da informação e da comunicação no cotidiano dos ofícios das pessoas. É uma sociedade que utiliza cada vez mais os computadores para o tratamento de dados e para automação dos processos e acesso a informação. Diante desse cenário do século XXI, observa-se uma explosão de informações, já mencionada por Tefko Saracevic em 1996, e que Mattos (2009, p.39) faz uma analogia com as ervas daninhas no jardim, “Se um dia ela (informação)foi uma mercadoria muito valorizada, hoje parece mais com as ervas daninhas no seu jardim: aparecem sem querermos, e se espalham por todo o lado”. Porém, em consequência disso surge uma ansiedade de informações por parte dos usuários, que é resultado de um processo do qual usuário acredita que deveria saber constantemente de tudo, com a questão se realmente é essencial aprender, receber tudo. E o ponto principal para resolver isso, seria a compreensão, para filtragem e o entendimento de informações que realmente são essenciais para o usuário (ALVES; BEZERRA; SAMPAIO, 2015). Paralelo a isso, existe um processo de desinformação, informações distorcidas, fake news, sensacionalismos e boatos gerados principalmente por redes sociais digitais. Que de acordo com Brito e Pinheiro (2015, p. 4) a desinformação gera um incompreensão da realidade, “um estado de ignorância do indivíduo em relação ao conhecimento que lhe seria relevante”. Se por um lado existe um excesso de informações, também é observável a falta de informações verdadeiras. A perspectiva da Competência em Informação é vista por Belluzo, Santos e Junior (2014, p. 4) como um: “conjunto de competências e habilidades que uma pessoa necessita incorporar para lidar, de forma crítica e reflexiva, com os diversos recursos informacionais existentes”. Por isso que os problemas como a informação (ansiedade, desinformação, manipulação) podem ser amenizar por meio de uma série de habilidades que o usuário adquiri para saber usar a informação de forma responsável. Essas questões são objeto de estudo da Ciência da Informação, que possui como enfoque “[…] os problemas da efetiva comunicação do conhecimento e de seus registros entre os seres humanos, no contexto social, institucional ou individual do uso e das necessidades de informação […]” (SARACEVIC, 1996, p.47). E é nesse cenário de problemas com a informação que a Competência em Informação investiga, ou seja, exemplificando que, por meio das dimensões técnica, estética, política e ética tratam desses conteúdo, promovendo ideias para amenizar esse excesso de informações falsas, que geram uma ansiedade na busca por informações, que por consequência acabam tornando um usuário desinformado e alienado.

REFERÊNCIAS

ALVES, Ermerson Nathan Pereira; BEZERRA, Sarah Freire; SAMPAIO, Débora Adriano. Ansiedade de informação e normose: as síndromes da sociedade da informação. Biblionline, João Pessoa, v. 11, n. 1, p.130-139, jan. 2015. Disponível em: http://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/biblio/article/view/17168. Acesso em: 22 ago. 2018.

BELLUZZO, Regina Célia Baptista; SANTOS, Camila Araújo dos; ALMEIDA JÚNIOR, Oswaldo Francisco de. A competência em informação e sua avaliação sob a ótica da mediação da informação: reflexões e aproximações teóricas. Informação e Informação, Londrina, v. 19, n. 2, p.60-77, 2014.

BORGES, Maria Alice Guimarães. A informação e o conhecimento como insumo ao processo de desenvolvimento. Revista Ibero-americana de Ciência da Informação, [s. L.], v. 1, n. 2, p.175-196, jul. 2008. Disponível em: http://seer.bce.unb.br/index.php/RICI/article/viewArticle/815. Acesso em: 20 marc. 2020.

BRITO, Vladimir de Paula; PINHEIRO, Marta Macedo Kerr. Poder informacional e desinformação. In: XVI ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 2015, João Pessoa – Pb. Anais. João Pessoa: ENANCIB, 2015. p. 1 – 21.

MATTOS, Alessandro Nicoli de. A Informação é prata, Compreensão é ouro: Um guia para todos sobre como produzir e consumir informação na Era da Compreensão. Brasil: Alessandro Nicoli de Mattos, 2009.

SARACEVIC, Tefko. Ciência da Informação: origem, evolução e relações. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 1, n. 1, p. 41-62, jan./jun. 1996. Disponível em: http://portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/pci/article/viewFile/235/22. Acesso em: 24 mar. 2020.

Palestra PPGCI-UNESP-Marília

17/07/2020 23:31

No último dia 09 de julho de 2020, a Líder do Núcleo GPCIn, Dra. Elizete Vieira Vitorino, proferiu a palestra “Competência em informação: uma proposta para minimizar a exclusão informacional no Brasil” para o Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCI-UNESP-Marília, SP). O conteúdo na íntegra está disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Rxm1Vyfcp84

Reflexões sobre Competência em Informação em tempos de pandemia (04)

08/07/2020 15:29

Neste quarto texto, o autor defende o desenvolvimento da competência em informação como essencial, em tempos de pandemia, para que as pessoas consigam lidar com o volume crescente de informações, de forma crítica e consciente, evitando a desinformação. É um dos textos produzidos por pós-graduandos (mestrandos e doutorandos) da disciplina PCI410043 – Competência em informação, semestre 2020-1. Nesta nova postagem, trazemos a reflexão escrita por

Orlando Vieira de Castro Junior, 

Doutorando do Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação (PGCIN), da UFSC

Domenico de Masi (2019, p.213) assinala que, enquanto nossos avós padeciam com a falta de informações, atualmente sofremos com o excesso de mensagens. Essa sensação de angústia, causada pela impossibilidade de nos apropriarmos ou mesmo compreendermos a imensa quantidade de informações com a qual somos confrontados diariamente, somente pode ser evitada por meio de uma “sólida cultura”, que permita “selecionar as informações certas e valorizar apenas as que úteis” (MASI, 2019, p.213). Em suas palavras, na verdade, o autor descreve nada mais que um dos aspectos da competência em informação. O sociólogo italiano destaca os jornalistas como exemplo de categoria profissional capaz de traduzir o conhecimento acadêmico em algo inteligível para o leitor comum. Todavia, há que se levar em conta que os meios de comunicação podem assumir, como o próprio autor indica, um poder paralelo capaz de levar à sociedade a uma espécie de ditadura pós-moderna onde as notícias são manipuladas para favorecer grupos de interesse. Nesse mesmo sentido, durante palestra proferida na 10ª Conferência da LILAC, em abril de 2014, Paul Zurkowski (2014) defendeu que a competência em informação pode dar aos cidadãos comuns a capacidade de navegar em meio a um grande volume de informações, com base nas quais podem se habilitar a encontrar soluções acerca de questões essenciais para suas vidas e suas comunidades. Alerta, ainda, para o fato de que quem detém o controle da informação também pode usá-la como instrumento de desinformação, manipulação e opressão. O autor defende a competência em informação como uma forma de empoderamento das pessoas diante dessa ameaça. A história recente do nosso país demonstra que as preocupações de Zurkowski (2014) são pertinentes. Diante do exposto, o desenvolvimento da competência em informação é capaz de prover essa espécie de “sólida cultura” proposta por Masi e ao mesmo tempo empoderar os cidadãos na defesa dos seus melhores interesses democráticos, como argumenta Zurkowski. Dudziak (2003), Almeida Junior e Bortolin (2007) e Wilder (2006) são uníssonos em defender o papel dos profissionais da informação como mediadores no processo de recuperação da informação. De fato, Dudziak já alertava para a importância do papel do bibliotecário como agente educacional e esclareceu que,  “a verdadeira mediação educacional ocorre quando o bibliotecário convence o aprendiz de sua própria competência, incutindo-lhe autoconfiança para continuar o aprendizado, transformando-o em um aprendiz autônomo e independente” (DUDZIAK, 2003, p.32). Dessa forma, entendemos que os profissionais da informação são os atores mais adequados para a importante tarefa de mediação da informação pois, ao contrário dos jornalistas, estão menos sujeitos às determinações dos grupos de interesses que dominam os meios de comunicação de massa. Tal afastamento entre a mediação e a manipulação, como bem alertam Almeida Junior e Bortolin (2007), deve ser um exercício ético diário do profissional da informação. Por fim, defendemos o desenvolvimento da competência em informação como essencial para que as pessoas consigam lidar com todo esse volume crescente de informações, de forma crítica e consciente, possibilitando a recuperação e uso de informação relevante para solução dos seus problemas individuais ou das comunidades em que vivem.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA JÚNIOR, Oswaldo Francisco de; BORTOLIN, Sueli. Mediação da Informação e da Leitura. In II Seminário em Ciência da Informação – UEL, Londrina, 2007. Disponível em: < http://eprints.rclis.org/13269/>.  Acesso em 29 mar. 2016.

DUDZIAK, E. A. Information literacy: princípios, filosofia e prática. Ciência da Informação, Brasília/DF, v. 32, n. 1, p. 23-35, jan./abr. 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ci/v32n1/15970.pdf. Acesso em: 29 mar. 2020.

MASI, Domenico De. Uma simples revolução. Rio de Janeiro: Sextante, 2019.

WILDER, Gabriela. O museu como visão de mundo e exercício de diversidade. In: Congresso Internacional de Arquivos, Bibliotecas, Centros de Documentação e Museus, 2, jun. 2006, São Paulo, SP. (Painel, 26 jun. 2006 – Organização de conteúdos e identidade cultural – anotações pessoais).

ZURKOWSKY, P. G. Information Literacy and The New Era of Enlightenment. In: 10th ILAC Conference. 2014. Apresentação em vídeo. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=8DXnUvseNTs&feature=youtu.be>. Acesso em: 29 mar. 2020.